Depois digo que somos lunáticos e as pessoas acham graça...
Semana passada estávamos numa festinha em que Xurube estava e com ele uma garrafinha tipo Squizz, ao pegar o "treco" para trocar o conteúdo senti um cheiro que me despertou milhares de lembranças... E eu demorei alguns segundos até a ficha cair... era cheiro de garrafinha de plástico da "merendeira" (pq hj em dia chamam de lancheira, mas no meu tempo era merendeira). Nos segundos em que tive dúvida e dividi com meus amigos, todos colocaram o narigão na garrafinha da criança para desvendar o enigma, depois que descobri a pólvora, quer dizer, o cheiro, todos me deram razão e a onda era perguntar a quem chegava sobre o enigma do cheiro e depois de revelar, ver a expressão do sujeito... Mas que expressão? De volta no tempo.... Todos fechavam os olhos e viviam "mini-flashbacks". A festa acabou.
Passei a semana toda com aquele cheiro me apertando a memória e o coração.
Não que eu seja louca por shopping, mas estivemos por lá algumas vezes essa semana, e também estive no Mercadão de Madureira, e aquele cheiro e aquela sensação me acompanharam por todo lugar, não era sensação, era saudade...
Saudade do cheiro, não só da merendeira, mas das pessoas, do material, o cheiro e a textura da roupa novinha, meias brancas, laços no cabelo (e muito Alfazema para não pegar piolho), saudade da minha mãe comigo em Madureira providenciando tudo, da minha madrinha prendendo o nosso cabelo, puxando até os olhos ficarem de japonês, pois tinhamos que ter o rabo-de-cavalo mais bonito da escola e o acabamento com aquele laço de fita que só ela sabia fazer... Saudade da minha Inha (Tia Iria que me chama de ném até hj e desde muito antes de isso ser um termo pejorativo) parar na "Cantina", comprar Grapette (quem bebe Grapette repete e eu repetia todos os dias) e colocar na garrafinha da minha merendeira, ela deixava comigo também o ticket do biscoito ou sanduíche (acho que era para eu aprender a me virar e ir comprar as coisas sozinha, mas a garrafa não, podia quebrar e me machucar) Lembrei do Jarrão, que visitava as escolas sempre depois de uma palestra no auditório, cantava a música do Q-Suco e distribuía o pózinho mágico e muitos brindes....
Hoje conversando com o marido no carro, falei do Guilherme, que estudou comigo do Jardim a 4a série e encontrei, quer dizer ele me encontrou no Posto de Gasolina e nos lembramos um do outro na hora, e o que eu lembro dele é um modelo americano, afinal em tempos de A Feiticeira e Jennie, ele usava um cabelo a la Major Nelson, era louro e sempre que fazia frio ele usava um suéter verde.... Gente que coisa louca esse computador de bordo que carregamos... e me fez analisar mais uma vez...
Pq tantao saudosismo?? Nunca senti isso.... Descobri ! Minha filha cresceu... Ela terminou a 3a série e está caminhando rumo a Faculdade... no momento, só curso de verão, Fotografia e Francês, nada de material, nada de mochila, meia, caderno, merendeira, livros, plástico para encapar.. Nada... Parece Natal quando a gente passa fora de casa...
Que no dia seguinte não tem nada natalino para comer...
Mas o que eu queria partilhar com vocês (pq católico partilha) é esse momento, que aposto que todos vocês já tiveram...
Se não tiveram, o que acham de experimentar agora?
Ótimo final de semana para vocês!!
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O marido tá dodói, morrendo de dor de cabeça! Acho que foi de tanto brincar na festa do Rafael!! Mas todo feliz da vida, afinal o Botafogo ganhou de 2 x 0!!
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E nada de BBB. Assim não dá! Assim não pode ser!
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